Os influenciadores Ygor Ferreira e Paulinha, que deixaram o Complexo de Delegacias Especializadas (Code) na tarde desta terça-feira, 25, em Maceió, após serem presos durante as primeiras horas da manhã, deverão cumprir algumas restrições impostas pela Justiça de Alagoas.

O casal, alvo da operação "Game Over", foi solto após audiência de custódia. A operação investiga envolvidos com o "jogo do tigrinho" e o crime de estelionato.

Entre as restrições impostas pela Justiça estão a proibição de deixar o país, entrega dos passaportes e a proibição de sair de Maceió por mais de oito dias. Além disso, os influenciadores não podem ter contato com outros investigados no caso.

Ao EXTRA, o advogado dos influenciadores, Bruno Villela, afirmou que a prisão ocorreu devido à alegação da Polícia Civil de que houve uma tentativa de fuga. No entanto, durante a audiência, foi demonstrado que a viagem no dia da operação já estava marcada anteriormente.

"Não ficou comprovada tentativa de fuga, pois voltaram para o Brasil e estavam na casa deles no momento em que a polícia os encontrou, então não tinha nenhuma prova nos autos de uma fuga ou tentativa de atrapalhar as investigações"

O advogado também ressaltou que, apesar da passagem ter sido comprada um dia antes, a viagem já estava combinada com os contratantes. "Esse é o trabalho deles e provamos que esse tipo de viagem é normal e quem os acompanha nas redes sociais sabem".

Não houve pagamento de fiança, nem obrigação do uso de tornozeleira eletrônica. Paulinha e Ygor Ferreira podem responder pelos crimes de estelionato, sonegação fiscal, propaganda enganosa, crime contra a economia popular e contra as relações de consumo e contra o consumidor.

A investigação apura ainda se o casal obteve informações vazadas sobre a operação "Game Over" e fugiu para Dubai dias antes do cumprimento dos mandados de busca e apreensão na residência em Marechal Deodoro.